b i o g r a f i a
Miguel Angel Scebba hoje é um dos mais sólidos, competentes e profundos artistas em atividade. É o que podemos chamar de músico completo: pianista virtuoso de interpretações arrebatadoras e de uma eloquência rara, Scebba é também um notável pedagogo da música, além de prolífico compositor. Seu amor profundo e dedicação completa à música estão presentes na veemência e paixão de seu pianismo, na generosidade de seus ensinamentos e na profunda emoção que brota de suas sinfonias, numa entrega completa a cada nota tocada, composta ou ensinada. Depois de mais de seis décadas respirando e vivendo música, Scebba transformou-se de virtuoso em grande mestre, numa longeva e fértil carreira que continua a crescer e frutificar.
Miguel Angel Scebba possui um vasto repertório, dominado por obras do período romântico e de compositores russos, inclui ciclos como o das 32 sonatas de Beethoven e seu repertório com orquestra gira em torno de cinquenta concertos.
Nasceu em Buenos Aires, no seio de uma família italiana de grande cultura, sendo seu pai filósofo e violinista e sua mãe bailarina do teatro Colón e professora de literatura.
Scebba iniciou seus estudos musicais na Argentina. Aprendeu a tocar violino aos quatro anos com seu pai e piano aos cinco com o pianista esloveno Anton Soler Biljenski, que exerceu uma influência decisiva durante os longos anos em que foi seu professor. Aos nove anos, começou a estudar contraponto e composição com o grande operista Alfredo Schiuma, que declarou: “Scebba é um em mil”.
A vida de Scebba foi rodeada de lendas, tornando-se finalmente ele mesmo uma lenda como representante da gloriosa antiga escola russa de piano. Assim ele é hoje considerado em muitos meios musicais de Rússia e países de leste europeu. Seu primeiro professor, Biljenski, foi um dos brilhantes produtos de George (Yury) Lalewizc, discípulo da lendária Anna Essipova em São Petersburgo. O selo RCD de Praga, Rep Tcheca, acaba de lançar uma série dedicada a cultuar a memória de um dos maiores nomes da escola de São Petersburgo, Vladimir Nilsen, e programou uma série de CDs de M. A. Scebba como continuador notável daquela tradição. Seu registro da Sonata op. 22 de Schumann foi comparado pela “Folha de São Paulo” com o do famoso Sviatoslav Richter.
Com 20 anos, Scebba sai da Argentina e continua seus estudos no Conservatório de Kiev com o maestro Valery Sagaidachny e em São Petersburgo com o já citado pianista e professor Vladimir Nilsen. Finalmente, passa mais dois anos estudando no Conservatório Tchaikowsky de Moscou sob a orientação do professor Vladimir Natanson.
Scebba terminou seus estudos em Moscou com tanto destaque que imediatamente passou a fazer parte do elenco da companhia estatal de concertos da URSS (Gosconcert) com a qual fez numerosas turnês pela ex-União Soviética na década de 1980. Nos anos seguintes ampliou sua atuação para a Europa ocidental, América Latina e Estados Unidos. Anualmente realiza extensas turnês de recitais e concertos com orquestra na maioria dos países da Europa Ocidental e Oriental. Entre 2000 e 2019 atuou em recitais e concertos com orquestra desde Espanha até Sibéria.
O jornal La Nación (Buenos Aires) descreve Miguel Angel Scebba como "um dos mais importantes pianistas argentinos". Sua atuação no teatro Colón foi destaque pela crítica de Buenos Aires, tocando piano 1 da Sonata para dois Pianos e Percussão de Bartók no festival dedicado ao compositor húngaro em 2004, além de sua memorável execução do Concerto nº 2 de Chopin com a Filarmônica de Buenos Aires. Já se apresentou com importantes orquestras, como a do Conservatório de Kiev (Ucrânia), a Filarmônica de Buenos Aires, a Orquestra Sinfônica da Criméia (Rússia), OSBA (Orquestra Sinfônica da Bahia), OSUFBA (Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia) as Orquestras Sinfônicas de Mar del Plata, San Juan , Mendoza (Argentina) Concepción , La Serena y Temuco (Chile), Curitiba (Brasil), La Habana (Cuba). Com a Filarmônica de Tübingen (Alemanha), ele fez uma extensa turnê por várias cidades na Alemanha e na Suíça. Entre os diretores com quem tem colaborado como solista estão Pedro Ignacio Calderón, Enrique Ricci, Joachim Harder, Guillermo Becerra, Alexander Dolinsky, Nicolás Pasquet, Alexey Izmirliev, Nicolás Rauss, Javier Logioia, Jorge López Marín, David Handel, Lior Shambadal, Jorge Fontenla, Benoit Renard, Alberto Merenzon, Lutero Rodrigues, Carlos Prazeres, Igor Manasherov, Arman Tigranian, Yana Anenkova, entre outros.
Entre 2023 e 2024 atuou em numerosas cidades russas, no Festival Tchaikovsky e no “Grande Festival de Verão Sirius”, o mais importante evento musical de Russia.
No gênero de música de câmara atuou com prestigiosos músicos argentinos, brasileiros, europeus, russos e estadunidenses. Scebba também é um compositor prolífico: Oito sinfonias, além de numerosas obras de câmara, órgão e vocais, muitas delas executadas e gravadas na França, Rússia, Brasil e Uruguai. Sua formação como compositor começou também na infância e concluiu com a orientação de Aram Khatchaturian em Moscou.
De 1990 a 2017, foi professor titular de piano da Universidade Nacional de San Juan – Argentina e Professor do Mestrado em Piano da Universidade Nacional da Colômbia (Bogotá). Foi colaborador da UFBA. Foi professor visitante ou artista residente em cerca de 20 instituições de ensino de América, Europa e Rússia.
É frequentemente convidado como membro de júri em prestigiados concursos internacionais. Atualmente dá aulas particulares, e é convidado a ministrar cursos sobre diversos assuntos pianísticos, especialmente sobre a escola russa de piano, tanto na iniciação como na técnica e interpretação avançada. Seus alunos obtêm frequentemente prêmios em concursos internacionais.
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